top of page

Frederico Westphalen

Onde as histórias se encontram

e0f1a4d9e977beb57e6e87620dd4417a (1).jpeg

(Foto: Jardel da Costa para Jornal Alto Uruguai/Divulgação) 

Título da seção

Frederico Westphalen, localizada no Médio Alto Uruguai, teve sua ocupação iniciada em 1918, quando os primeiros migrantes chegaram à região atraídos pela promessa de terras férteis. O território, até então habitado por indígenas e coberto por florestas densas, começou a ser transformado em núcleo habitacional com o trabalho da Comissão de Terras e Colonização do Norte, liderada pelo engenheiro Frederico Westphalen, que mais tarde daria nome à cidade.


O trabalho de abertura de estradas foi essencial para conectar a região a outras áreas do estado, permitindo a chegada dos primeiros colonos. As famílias enfrentaram dificuldades como a falta de alimentos, ferramentas e assistência médica. A organização inicial focou na construção de moradias e estruturas básicas para a produção agrícola. A fé cristã teve papel relevante, com a construção de capelas que serviram como ponto de encontro comunitário.

Fotos do Dr. Frederico Westphalen presentes no arquivo de Wilson Ferigollo 

Inicialmente chamada de Vila Barril, a localidade foi elevada a distrito em 1928, como parte de Palmeira das Missões. O movimento pela emancipação ganhou força após 1949 e culminou em 1954, com a criação do município de Frederico Westphalen. A partir daí, melhorias começaram a ser realizadas, como pavimentação de ruas e instalação de serviços públicos básicos.


Com a emancipação, Frederico Westphalen consolidou-se como um centro de referência no Médio Alto Uruguai. A cidade passou a abrigar serviços nas áreas de educação, saúde e comércio, atraindo moradores de localidades vizinhas e reforçando seu papel como polo de desenvolvimento regional.

Hoje, Frederico Westphalen se destaca por seu legado histórico e cultural, resultado do trabalho coletivo dos colonos que deram início à sua formação. A cidade mantém registros importantes que ajudam a contar a história de sua fundação e crescimento.

Essa reportagem mergulha em quatro histórias que se encontram em Frederico Westphalen: a de Cleomar Marcos Fabrizio, que resgata as raízes italianas; Samba Sané, professor guineense que trouxe a força cultural africana; Adriana Carolina Galboa, pesquisadora venezuelana em busca de esperança; e Samia Younes Prá, filha de um imigrante libanês que ajudou a construir a cidade. Elas mostram como a imigração é uma ponte entre culturas, gerando impacto social, econômico e cultural.


Essas histórias mostram que Frederico Westphalen é mais do que uma cidade no interior gaúcho. É um ponto de encontro para todas essas histórias, onde essas culturas se encontram, dialogam e criam algo novo. A imigração, seja ela motivada por sonhos, crises ou oportunidades, trouxe à cidade uma riqueza cultural que vai além da gastronomia, da música ou da religiosidade. Esses imigrantes e seus descendentes ajudaram a moldar Frederico. Frederico Westphalen não é apenas um destino. É um lugar que os recebeu, que foi transformado e moldado por aqueles que chegam. 

 

*Fontes: Wilson Ferigollo.

“Aqui vai uma frase de olho, mas isso é um teste. A frase não pode ser muito grande”.png

Essas histórias mostram que Frederico Westphalen é mais do que uma cidade no interior gaúcho. É um ponto de encontro para todas essas histórias, onde essas culturas se encontram, dialogam e criam algo novo.

Wilson Ferigollo 

Wilson Aleixo Ferigollo é um historiador frederiquense que há décadas se dedica a resgatar a história não só de Frederico Westphalen, mas de toda a região.

 

Com diversos livros lançados sobre os municípios do Médio Alto Uruguai, conta com um arquivo pessoal riquíssimo e com grande hospitalidade para receber quem deseja saber mais sobre as informações que conserva.

 

Ele foi uma fonte importante para essa reportagem, nos recebendo em sua casa para horas de conversa e aprendizado sobre a colonização frederiquense.

WhatsApp Image 2024-11-25 at 14.27.46.jpeg

"As culturas não são essências fixas, mas pontos de passagem, lugares de cruzamento. A mistura de culturas é uma oportunidade para revelar novas possibilidades de ser e de viver, onde as fronteiras entre o 'nós' e o 'outro' podem ser repensadas." - Michel Foucault

bottom of page